Como é viajar tendo intolerância à lactose

Resolvi fazer esse post pois muita gente está descobrindo que tem intolerância à lactose e me pergunta como eu me viro nas viagens. Descobri minha intolerância há 3 anos. Ela começou leve, mas logo se transformou em algo bastante grave. Eu não posso comer algo que tenha traços de leite que em segundos passo mal. E pior, fico mal durante uns 3 dias.


Tenho sorte de morar numa cidade onde os produtos sem lactose são vendidos aos montes. E de conseguir o remédio importado dos Estados Unidos, o lactaid, o único que fez efeito para mim até hoje...e mesmo assim, posso comer 1 vez ao mês, não em grandes quantidades, senão, passo mal mesmo.

Claro que nem todo mundo chegou nesse grau de intolerância, tem gente que pode comer um pouco sem maiores problemas. Mas estou contando o meu caso, que é bem grave, para ver que não é necessário parar de viajar por causa de um problema de saúde.
O chato é que é necessário estar atento, perguntar em quase todas as comidas se não tem derivados de leite, se é frito na manteiga...dentro do Brasil, um dos lugares com maior problema para mim é o Nordeste, pois as comidas são deliciosas, mas tem muita coisa feita na manteiga. E mesmo em supermercados de grandes capitais nordestinas tive problemas para encontrar produtos sem lactose. Ah, o leite de cocô não faz mal viu gente, é só o de vaca mesmo, e seus derivados...

Viajar pelo Uruguai e Argentina se torna uma verdadeira tortura. Quase tudo de delicioso que eles comem é a base de leite: seus queijos maravilhos, doce de leite, media lunas, alfajores...nossa é uma infinidade de delícias proibidas.

Recentemente estive na Indonésia. É sabido que na Ásia muitas pessoas têm intolerância à lactose. Mas parece que isso não se confirma na Indonésia. E o pior: não existe um único chocolate para intolerantes. Comida, a verdadeira comida indonésia, os mie goreng e nasi goreng da vida não tem leite, e, na dúvida, eu pedia para o ovo ser frito no óleo. Mas não poder comer um panqueca, um sorvete, um chocolatinho...não foi fácil. Tive que aprender a falar na língua local coisas como leite, manteiga, queijo que não posso comer e pedir para fritar só em óleo. A comida lá é toda frita. Aprender no idioma o básico é importante, pois nem sempre as pessoas falam inglês. Se você tem problemas com alimentação, tem que garantir que as pessoas irão lhe entender, para comer com tranquilidade.

Sugestão: para uma viagem maior, para o outro lado do mundo, leve alguns alimentos que você é acostumado a comer. Não faça como eu, que levei 2 chocolatinhos de soja esperando encontrar algo sem lactose lá. Lição aprendida: a partir de agora, me garanto com algumas comidinhas antes da trip, porque ficar 1 semana sem chocolate, até tudo bem, mas mais de 1 mês, no way!!!

Comentários

  1. Poxa.... sei exatamente o que é isso. Moro em Fortaleza (CE)... owwww sufoco e tudo que tem é os olhos da cara, sem noção totalmente! :*

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  2. Caro é, mas ao menos podemos comer né...
    É difícil quando se viaja a países que não tem esses produtos...dificulta muuuuito.

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