Mulher de surfista




Não importa se você é esposa, namorada ou peguete de surfista. Se você não curte praia, odeia areia, nem pense em ficar com um surfista. Esse cara é fissurado pelo mar. Não importa se está calor ou frio, um dia lindo de sol ou
chovendo, se entrar o swell, é na praia que ele vai estar.

A prancha é sua maior paixão. Nunca diga: ela ou eu. Está arriscada a ficar sozinha. Mas esse cara, além de apaixonado por praia e pela sua prancha, valoriza a mulher que tem ao lado. Ele não se importa se você está escabelada, se suas unhas estão por fazer, se você usa muito mais chinelo e shortinho do que salto alto e mini saia. Aliás, eles até preferem que você seja um pessoa despreendida dessas coisas. O que o surfista mais quer, é uma mulher parceira. Parceira para acordar cedo e ir para a praia, parceira para viajar, parceira para passar horas a fio na beira da praia. E quando ele sair do mar, vai vir todo entusiasmado perguntando: "Você viu aquela manobra que fiz?". Se você responder que sim, e ainda comentar a onda, é o auge para ele. Fotografar ele então..."Amor, pegou aquela onda? Nossa, essa foto tá demais amor".

Viajar é a parte mais legal dessa vida de "mulher de surfista". Não, não estou falando de surfista profissional, com patrocínio e tudo mais. Estou falando de um mero mortal, que ama o surfe, o mar, a natureza. E sua prancha, claro!!! As viagens geralmente são para paraísos que, talvez se não fosse pelo surfe, jamais conheceríamos. Mas nem tudo é perfeito. Já fui a Pacasmayo, no Peru, com meu marido. Uma cidade feia, com a praia nada agradável, onde só vão homens que surfam. Sim, eu era a bendita fruta. E em Lobitos, no Peru também, ficamos no meio do deserto, num hotel de frente pro pico. Não havia mais nada para fazer além do surfe. Mas para mim, não importa. Eu amo essa vida. E ir para Indonésia, se embrenhar em ilhas com infra zero, lotadas de marmanjos que passam o dia todo surfando. Bom, ter a mulher por perto representa segurança, mas também é necessário abrir mão de passar o dia inteiro dentro d'água e se dedicar a ela.

Mas nem só de surfe vive o surfista. Embora conheça alguns que já foram dez vezes ao Peru surfar e não conhecem Machu Picchu. Nada contra, mas além de surfe, a viagem precisa ter algo a mais. Você deve estar pensando: "ah, ela não surfa...". Realmente, meu surf é bastante limitado. Surfo apenas ondas bem pequenas, e com fundo de areia. Indonésia não é para mim. Mas mesmo que eu pegasse altas ondas, gosto de conhecer os lugares. Aprender a cultura. Me entrosar com os locais.



Mas também foi graças ao surfe que conhecemos paraísos como a Tailândia. Oi? Surfe na Tailândia? Não, não há ondas lá. Mas foi graças a nossa paixão pelo mar que, meio que sem querer, em nossa lua-de-mel, fizemos snorkel pela 1a vez. Quando fomos na nossa 1a temporada de Indonésia, aproveitamos para conhecer a Tailândia, já que era "ali do lado". O que era só um destino para complementar a viagem, virou uma grande surpresa. Na época, não se falava muito naqueles lados do mundo. Foi 1 mês de sonho nas várias ilhas do país que tem Buda não só na religião, mas na vida diária daquele povo. Mar calmo, com muitos peixes e corais coloridos, perfeito para uma 2a, 3a ou milésima lua-de-mel.

Então você, que é mulher de surfista, não precisa ter ciúmes da prancha. Prancha, eles têm várias. Mas a mulher que é a parceira, a mulher que ele ama, essa, é insubstituível.


Comentários

  1. Que top Claudinha!!!!!! Até arrepiei!!!! Agora você podia fazer um na versão masculina pra nós mulheres surfistas!!!! rsrsrsrsrs
    Saudadesssss
    Beijão

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    Respostas
    1. Verdade Thami!!! Mas antes eu tenho que virar surfista "de verdade" kkkk.
      Saudades também.
      Bjão.

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  2. Muito legal o texto e o site!! Parabéns, vou encaminhar para minha noiva. Sucesso!!

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